Não demorou muito para que o Dylan acordasse, pedi ao Peter, para que fosse busca-lo, enquanto eu ia ate a cozinha fazer a sua mamadeira, porem, ele pediu que fizesse justamente ao contrario, que eu ficasse com o Dy, enquanto ele mesmo iria fazer a mamadeira. Alegou que não queria que eu me machucasse caso tivesse uma contração no meio do processo. Tão lindo preocupado comigo.
Estava deitada com o Dylan, na nossa cama, ele estava aparentemente mais calmo do que nos outros dias, parecia sentir que eu estava sentindo alguma coisa, e não estava 100% bem. Haviam se passado alguns minutos que o Peter, tinha ido para a cozinha, quando comecei a sentir mais uma contração. A cada uma que sentia, ela doía um pouco mais, pareciam que os meus ossos estavam se quebrando quase que todos de uma vez. Eu segurava no lençol esperando pacientemente que ela enfim fosse embora, quando senti uma delicada, e pequena mão acariciando a minha barriga bastante dura, e contraída. Apesar do seu toque ser um pouco incomodo devido a dor naquele momento, parecia que não tinha melhor sensação naquele momento, parecia que a unica coisa que eu precisava para que ela se dissipasse, ou que eu simplesmente a ignorasse, era o seu toque.
Relaxei o meu corpo quando a dor se findou, e sorri ao vê-lo beijar a minha barriga, e sorrir ao notar que eu o encarava. Acariciei o seu rosto, e ele se aninhou em meus braços, deixando-me emocionada, deixando-me completamente tocada, sem que nenhuma palavra fosse emitida naquele momento.
-Eu te amo muito meu filho!-beijei o seu rostinho, e nos distraímos por um tempinho vendo desenhos, ate sermos interrompidos.
-Filha!-ouvi a voz confortante de minha mãe.
-Mamãe, que bom que chegou!-sorri ao vê-la atravessar aporta apressadamente.
-Viemos o mais rápido possível!-se aproximou, beijando a minha cabeça, e a do Dy. Meu amorzinho, como esta grandão, o príncipe da vovó.-acariciou o seu rosto que sorriu para ela.
-Estou virando um rapaz vovó!-disse como se fosse uma resposta dele, e sorrimos.
-Como estão as contrações minha filha?
-Estão com um intervalo de quinze minutos agora.
-Ainda falta muito?
-Não sei dizer com exatidão, já que não sei de quantos centímetros estou, mas acho que durante a tarde, eu darei a luz! Cadê o papai?
-Esta na sala com o Peter. A Ariel acabou de acordar, e quando ela nos viu, correu para o colo do avô!
-E te deixou morrendo de ciumes não e dona Laura?-sorrimos.
-Um pouco, assumo! Mas logo ela me deu um beijo, e ficou tudo certo.
-Vovó babona! Ai, la vem mais uma mãe!
Fechei os olhos, e ela pegou o Dylan, de meus braços, que não gostou muito da ideia, e começou a chorar, mas logo o Peter, entrou com a mamadeira dele, o pegando dos braços de minha mãe, que sentou ao meu lado, oferecendo a sua mão. Olhei para o lado quando a dor tinha passado, e vi o meu pai com a Ari no colo, recebi um delicioso beijo de bom dia dos meus dois amores, e neste momento vendo todos ao meu redor, eu me senti com um pouco mais de coragem para seguir em frente com a minha vontade de ter um parto natural, afinal, acompanhada de todas as pessoas que eu mais amo no mundo.
Era mais ou menos umas nove da manha, quando a minha vaca de estimação chegou, e bem no meio de uma contração. Estava sendo mais complicado do que eu imaginava, mas eu não iria desistir, e muito menos deixar me abater pela dor, desconforto, e incomodo, enfim, este momento era meu, meu e do meu bebe.
-Sem gritos? Tem certeza de que aqui tem uma mulher prestes a parir?-ela brincou parada na porta.
-Se eu não tivesse sentindo tanta dor, mandaria você tomar no...
-Filha!-minha mãe me repreendeu aos risos, provocando os nossos.
-Tem certeza de que não quer ir para o hospital?-ela se aproximou beijando o meu rosto.
-Sim, eu não quero!
-Eu já tentei Liz, ela esta irredutível.
-O doutor Torres, disse que esta tudo bem comigo, e com o bebe, e que e seguro fazer um parto natural.-respirei fundo, e a minha mãe secou o meu suor.
-Tudo bem, de que você precisa no momento?
-Bom, no momento eu preciso saber com quantos centímetros de dilatação eu estou.-nos encaramos, e ela cerrou os olhos.
-Você não esta querendo que eu faça um exame de toque em você, não e Crystal?
-Sim!-ficamos nos encarando seriamente, e do nada caímos na gargalhada.
-Ai ai, não conhecia este seu lado piadista amiga!
-Não e piada, e serio, eu preciso saber!
-Eu sou pediatra, não sei fazer exame de toque.
-Você não aprendeu na faculdade?-a encarei fingindo incredulidade, sabia que ela tinha aprendido.
-Aprendi! Mas faz muito tempo!-sorriu.
-Não tem segredo. Mas enfim, me ajude a levantar, eu mesma vou fazer!-estiquei a mão.
-Fica quieta ai mulher, abre estas pernas e respira fundo. Por favor, só não confunda o meu dedo com o Bruno!
-A minha filha, você vai precisar de muito mais, para me fazer confundir o seu dedo com ele!
-Cris!-mamãe mais uma vez chamou a minha atenção. Me respeite menina!-sorrimos.
-Desculpa mamãe, mas e verdade!-juro que tentei ficar seria, mas era impossível.
-Meu Deus, quando eu tive a Alicia, não estava tão sorridente assim, a dor não me deixava um minuto!-disse entre as suas gargalhadas.
-Mas eu estou com dor, só que este e um momento muito importante, para ficar lamentando, e dando bola para as dores que estou sentindo.
-Esta e minha amiga! Deita direito, vamos testar o nosso grau de intimidade em nossa amizade.-sorrimos. A sua bolsa já se rompeu?
-Já, ela rompeu na hora do banho.
-Ótimo!
Me deitei novamente, acomodei o meu corpo da melhor forma possível enquanto ela mexia em uma mala que estava com ela, retirando um par de luva de látex.
Não adianta, por mais que o medico seja delicado nesta hora, e sempre muito incomodo, invasivo, e ate vergonhoso, mas a parte da vergonha foi amenizada pelo simples fato de ser a Liz, que e uma pessoa na qual eu sou capaz de confiar a minha vida.
Depois do exame, ela me informou que eu estava com 6 centímetros de dilatação, e para a minha surpresa, o nosso bebe iria demorar um pouco menos do que imaginei para vir ao mundo, cerca de duas horas.
Assim que ela terminou de fazer o exame, eu senti mais uma contração, fechei os olhos fortemente, e respirei fundo, agora sobre o seu auxilio.
Minha mãe começou a trazer algumas coisas do quarto do bebe, coisas como frauda, roupinha, manta, meia, luva enfim, estas coisas para colocar assim que o meu bebe nascesse. A minha mãe estava evidentemente feliz, estava estampado em sua face toda a felicidade que sentia com a chegada de seu terceiro neto. Primeiro biológico.
As contrações estavam muito incomodas, e para tentar aliviar um pouco já que não tinha os recursos do hospital, eu decidi tentar andar um pouco pelo quarto, olhar pela janela, pegar um ar puro, enfim, estava agoniada, e sem posição.
A minha mãe, o Peter, e o meu pai estavam revesando para cuidar das crianças. Não necessitava de tudo isso, ate por que a Ari, não da trabalho algum, mas e que a minha mãe assumiu a cozinha, o Peter ficou com o Dy, e o meu pai estava vendo desenho da Barbie com a Ari, segundo a Liz.
-Este cheiro esta me matando!-reclamei quando senti o cheirinho bom do tempero da minha mãe.
-Nem pense em comer!
-Infelizmente não posso! Amiga, eu estou ansiosa, mas estou com medo!
-De que?
-Da hora mesmo sabe, com medo de acontecer alguma coisa, e o parto ficar complicado...
-Vai dar tudo certo, não pense assim amiga, pense coisas boas! Você e a obstetra, saberá se precisar parar tudo, e pedir para ser levada ao hospital!
-Sim, eu tenho este entendimento, e só nervosismo mesmo.
-É sim! Você chamou mais alguém alem dos seus pais, e eu?
-Você quer saber se eu chamei a Mariah?-sorri recostada na parede de frente para a janela.
-Também!-deu de ombros.
-Esta com ciumes?-sorri.
-Eu? Affz, claro que não!
-Ta sim!
-E só que depois que ela apareceu, eu pensei que você iria chama-la, afinal, fala direto dela!
-Esta com ciumes sim!-sorrimos. Não, eu só quero aqui comigo as pessoas que me deixam super a vontade, e apesar dela ser uma amiga de longa data, eu me sinto mais a vontade com você, do que com ela. E outra, eu senti que o Peter, não ficou muito a vontade com ela!
-Por que?
-Por que antes de mim, eles namoraram quando adolescentes. Na realidade, comigo foi apenas uma tarde, e com ela, foram meses.
-E agora esta mulher volta assim?
-Assim como?
-Assim, do nada!
-É! Quer dizer, não sei, ela tem uma escola de dança, e professora da Ari...
-Você confia nela?-ela me encarou, e eu fiquei sem saber o que falar. Confia Crystal?
-Como assim, por que não confiaria?
-Eu só...
-Só um minuto, vem mais uma contração!-respirei fundo, e ela segurou em minhas mãos.
-Vamos deixar este assunto para outro momento!-apenas concordei com a cabeça.
Se eu falar que confio plenamente na Mariah, talvez não seria a total verdade, já que depois da reação do Peter, confesso que fiquei com o pé atras, e eu acho que jamais teremos a mesma amizade de anos atras. Mas o que importa, e eu confiar no Peter, e em mais ninguém.
Gemi um pouco mais alto em forma de expressar a dor que estava sentindo. Desta vez a contração veio ainda mais forte, me deixando ate sem ar. A minha amiga me segurou um pouco melhor, e logo em seguida ouvi a porta se abrir, e o Peter entrar com cara de assustado, perguntando se estava tudo bem. Eles me ajudaram a deitar novamente na cama, e desta vez o meu amor ficou comigo, me confortando, e me ajudando a enfrentar as contrações seguintes.
§
Eram pouco mais de duas da tarde, já tinham se passado pouco mais de nove horas de trabalho de parto ininterruptos, com contrações mais fortes, e intensas. Mas o tempo total, era de mais de vinte horas desde que começaram as primeiras dores bem leves. Eu sentia que a qualquer momento o nosso bebe viria ao mundo, e neste exato momento, eu estava passando por mais um exame de toque.
-Esta com nove amiga!-Liz me encara e sorri.
-Esta na hora!-afirmei, e senti a mão do Peter sobre a minha testa.
-Falta pouco amor, falta pouco para conhecermos o rostinho do nosso bebe!-ele estava extremamente emocionado, e provavelmente se controlando ao máximo para não ter um troço. Eu o conheço.
-Amiga você já sabe, quando a contração vier, faça força.
-Eu sei! Cade os meus filhos?
-Eles estão bem com o seu pai amor!
-Pensa em você filha, em você e no bebe que esta para nascer!
-Eu quero eles aqui comigo assim que der a luz!-o meu grau emocional estava tão alto, que eu só conseguia chorar.
Eu estava muito emocionada, passar por este momento, e algo muito bom, emocionante, ainda mais perto de pessoas que amamos, pessoas que nos somam, pessoas, que fazem parte da sua felicidade, e neste momento, eu estava sendo a mulher mais feliz do mundo, perto das pessoas que eu mais amo, e prestes a receber o presente mais valioso que já recebi na minha vida.
Amar, amor incondicional, sublime amor. Beleza, paz, felicidade intensa. Sonhos, sonhos que se tornam realidade depois de uma dura batalha. Sim, sonhar e muito bom, mas realizar o sonho, e a melhor parte. Viver cada dia intensamente, amar verdadeiramente vale a pena, quando a recompensa e plena. Vale a pena quando a recompensa e tudo o que você mais sonhou, é um desejo da sua alma, com a pureza do mais lindo amor.
O amor de duas vidas, de duas almas, de dois intensos amores. Não há explicação para tal momento, apenas quem passou sabe o valor de cada sentimento. A dor se torna nada, quando os meus olhos encontram os seus, quando o meu sorriso se torna maior ao ver o seu, e o meu choro se intensifica, a cada vez que o seu se faz presente.
-Força amiga, eu já estou conseguindo ver os cabelinhos do seu bebe!
-Eu estou ficando sem forças!
-Respira meu amor, falta tão pouco!-a sua voz embargada ecoou em meus ouvidos me trazendo a força que eu necessitava.
-Vamos minha filha, esta tão perto!-minha mãe beijou a minha mãe, e eu olhei para ela por um milésimo de segundo. mas foi o suficiente para ver o seu rosto banhado em lagrimas.
Não existe recompensa maior do que receber este amor, do que dar o seu amor, a este amor. Ser mãe, e uma dadiva, ser mãe, é sorrir por outro alguém, chorar por outro alguém, sonhar com outro alguém, se decepcionar com outro alguém, sentir dor com outro alguém, mas acima de tudo, e receber o maior, e mais puro amor do mundo, de outro alguém.
O seu choro alto, intenso, reconfortante, ecoava no quarto, deixando todos mudos, apenas apreciando o seu lindo chegar. Foi como se o mundo parasse por exatamente um minuto quando olhei em seus olhos, seus pequenos olhos intensos, e cheios de amor. Mas eu não precisei nem de meio segundo, para me apaixonar completamente ela.
-E uma menina!-Liz sorria entre as suas lagrimas, na realidade, não tinha ninguém que não estivesse as lagrimas neste momento.
-Meus filhos!Eu preciso dos meus filhos!-disse sem retirar os olhos do meu bebe.
-Eu vou busca-los!-minha amiga disse saindo em seguida.
- E uma menina meu amor!-olhei para o Peter, que com os seus olhos vermelhos, e molhados apenas concordou em um gesto de cabeça, acariciando a nossa filha que já não mais chorava em meus braços, e apenas procurava os meus seios as cegas.
-Ela esta com fome meu amor!-minha mãe acariciou os meus cabelos, os beijando em seguida.
Eu a coloquei em meu seio, e ela imediatamente o sugou com vontade, fazendo a sua primeira refeição. A minha felicidade era tanta, que eu não sabia se chorava, se olhava para ela, se aproveitava desse momento único que era só meu e dela.
Ouvi a porta se abrir, e olhei para lado dando de cara com a minha princesa, de olhos arregalados, e com a mão sobre a boca. Sorri com o seu espanto, e logo o seu pai, a pegou no colo trazendo-a para mais perto de mim.
-Mamãe...
-A sua irma nasceu!
-E uma menina?-ela sorria um sorriso puro, e cheio de emoção. Era lindo vê-la tão emocionada, em um momento tão fora de sua realidade.
-Sim, e uma menininha.
-Ela parece com o papai!-sorrimos.
-Pode ser!
-Posso tocar?
-Pode meu amor, ela e frágil, mas não e quebrável!
Ela acariciou o braço da irma sobre a manta com todo o cuidado do mundo, cuidado de quem manuseia algo extremamente frágil, de quem toca em uma bolha de sabão, com medo de que ela estore em pleno ar. O Peter colocou a Ari, ao meu lado, e pegou o Dylan, dos braços de minha mãe que o segurava, enquanto o meu pai beijava a minha face, e dizia como estava orgulhoso de mim, da minha linda família, da preciosidade que eu tinha acabado de trazer ao mundo.
-Qual e o nome dela mamãe?
-Ainda não sabemos. O que você acha amor?-olhei para ele.
-Não faço ideia!-sorriu. Estou tão estasiado que não consigo nem pensar.-sorrimos.
-Eu também. Quer dar uma sugestão?-olhei para a minha filha.
-Hum...-colocou o dedinho sobre os lábios pensando. Que tal Cassidy?
-Cassidy? Por que Cassidy?
-Por que ela parece uma boneca, e Cassidy era o nome da minha primeira boneca!-sorriu lindamente, a minha princesa.
-Eu gostei de Cassidy!-minha mãe sorriu, e eu olhei para o Peter, que não conseguia retirar os olhos dela.
-Amor?
-Cassidy e lindo!-me encarou sorrindo.
-Então, ela se chamara Cassidy Bernadette de Medeiros Hernandez.
Ele olhou para mim imediatamente, e era possível ver algumas lagrimas rolarem com um pouco mais de intensidade, e eu simplesmente o puxei para um abraço. A Tia Berne sempre foi uma pessoa maravilhosa, sempre me teve como uma filha, e quando ela se foi, eu infelizmente não pude dar o meu ultimo adeus a ela, e dando-lhe o seu nome a sua neta, e uma forma de mante-la ainda mais perto da gente.
Com a Ari de um lado, e o Peter-um pouco mais controlado-, com o Dy, em outro, tiramos a nossa primeira foto em família, uma família que já era linda, e acabou de ficar mais linda ainda.
Enquanto amamentava, dividia a minha atenção entre os meus filhos, dividindo assim a quantidade imensurável de amor que estava em mim. Beijei a mão do Dylan, que queria dividir o meu colo com a irma, mas que infelizmente ainda não seria possível, já que ela mamava, então, pedi que o Peter, o colocasse sentado na cama ao meu lado, e ele se recostou colocando a cabeça em minha coxa sem deixar a sua inseparável chupeta.
Depois que ela estava alimentada, e quase adormecendo, a minha amiga a pegou de meus braços para fazer a sua primeira avaliação geral, e higiene, enfim, levou a minha pequena para fazer as anotações, e cuidados necessários como o primeiro banho-que minha mãe deixou bem claro ser a primeira a dar-, e os testes pós-parto.
Acho que felicidade, e pouco diante de tudo o que estou sentindo agora, e algo imensurável, e inexplicável. Só peço a Deus, para que multiplique momentos assim em meu lar, de agora em diante.
Tinha se passado no máximo trinta minutos desde que a minha mais nova princesinha tinha nascido, e o meu quarto estava cheio. Mas parecia estar completamente vazio, já que todos estavam em silencio. Todos que eu digo, são as minhas cunhadas, cunhados, sogro, pai, mãe, filhos amiga, namorado, enfim, a família Hernandez e Medeiros, estavam reunida em um quarto, e todos admiravam a mais nova integrante da família.
-Que linda homenagem vocês fizeram a mamãe, ela ficaria muito feliz!
-Ela esta feliz Presley!-ele a encarou, e ela sorriu.
-Sim, ela esta!
-Ela nasceu que horas mesmo?
-Tem no máximo trista minutos!-Peter disse sorrindo.
-E nos estamos aqui, sem deixar a Cris descansar!-Jaime se aproxima.
-Esta tudo bem!
-A proposito, feliz aniversario mano!-Tiara o abraçou de lado.
-Verdade, parabéns irmãozinho, belo presente de aniversario!
-Pois e, não e querendo me gabar, mas o meu presente foi o melhor de todos!-sorri.
-Certamente amor! E um presente inesquecível!
-Vamos ter que mudar a festa de dia!-Thaiti lamentou. Mas e por um bom motivo!
-Claro que não, por que mudariam de dia?-a questionei.
-Eu não vou a lugar nenhum hoje amor, vou ficar aqui, com vocês!
-Não precisa Peter...
-E claro que sim, eu vou ficar, amanha, depois, semana que vem comemoramos o meu aniversario, hoje não!-foi firme, e decidido.
-Obrigada por ficar aqui comigo!
-Não existe outro lugar no mundo onde eu mais adoraria estar!-beijou-me os lábios com carinho, me abraçando em seguida.
-Ao menos o bolo veio!-disse Eric em tom moderado entrando no quarto com uma torta nas mãos, nos fazendo sorrir.
Durante a noite depois que a maioria tinha ido embora, ficaram apenas os meus pais, e a Liz novamente, eles estavam me ajudando muito, e claro ajudando o Peter, que não sabia se babava a Cassidy, ou cuidava dos outros filhos.
-Ela e tão linda!-nossa menina se mexeu preguiçosamente em seus braços.
-Eu sou o homem mais feliz deste mundo Crystal, e eu devo isso a você!
-Eu devo a minha felicidade a você, sem você não teria passado por esta experiencia maravilhosa, e indescritível!
-Sem querer atrapalhar o casal, mas vamos tomar um banho, você já pode se levantar!-minha amiga olhou no relógio. Aproveitar por que já esta quase na hora dela acordar para mamar de novo!
-Vamos sim, eu estou necessitada!-sorri, porem a nossa filha começou a resmungar nos braços do pai.
-Acho que você vai ter que esperar mais um pouco amor!-sorrimos, e ele veio ao meu encontro com ela nos braços.
-Fazer o que? Você poderia ir enchendo a banheira para mim?
-Claro!-me acomodei melhor na cama oferecendo o meu seio para ela.
-Esta vai ser gulosa, acordou mais de meia hora antes da próxima mamada.-minha amiga sentou ao meu lado na cama.
-Já vi que não vou dormir!-sorri, vi a porta se abrir, e o meu pai entrando com o Dylan nos braços, e a Ari a tira colo.
-Filha, tem como ficar com o Dy? Eu vou com a Ari no mercado comprar algumas coisas que a sua mãe pediu para o jantar.
-Claro papai, coloque-o aqui na cama ao meu lado.-meu pai o colocou, porem, ele começou a chorar querendo o avô, que o beijou, e saiu em seguida com o coração partido, pelo o que conheço do palmitão.
-Do que esta rindo?-minha amiga me encarou.-já com o meu filho em seus braços.
-Me lembrei de um apelido que chamava o papai assim que o conheci!
-Qual?
-Palmitão!-gargalhamos.
-Serio?
-Seríssimo! Mas eu sempre gostei dele, só o achava muito branco, mas enfim, coisa de criança. Na realidade, eu sempre amei o meu pai, mesmo ele não sendo o meu pai de verdade!
-Ele e um bom homem!
-O meu pai e maravilhoso!
Ficamos conversando um pouco, e quando a minha filha se satisfez com um seio, eu lhe ofereci o outro. A Liz tinha colocado o Dy, na cama já que a minha mãe tinha chamado ela por um minuto na cozinha, e o Peter pela demora, tinha ido com o meu pai. Ele me olhava bastante curioso, entortava a cabecinha, e arqueava a sobrancelha curioso, que nem o pai.
-O que foi meu amor, esta olhando a mamãe dar de mama a sua irma?
-Mama!-ele repetiu sorrindo.
-Sim, ela esta mamando!
-Mama, eeee!-bateu as mãozinhas me fazendo sorrir.
-Você quer mamar também?-ele apenas sorriu. Vou pedir a tia para fazer!-ele se inclinou para frente e veio engatinhando em minha direção, se apoiando em minha coxa ficando de joelhos na cama, ele simplesmente abocanhou o meu seio que estava descoberto, já que eu iria para o banho em seguida, e foi matar a sua fome. Confesso que de inicio eu me assustei, e pensei em retira-lo, mas ele estava de olhinhos fechados, e apreciando a boquinha que estava fazendo por ali.
-Cris, eu trouxe um suco para você, deve estar faminta! -ela parou na porta nos encarando. Mas...
-Ele estava com fome, e decidiu fazer uma boquinha!-sorri. Pensei em tirar, mas...
-Não tire, ele não teve este contato, esta experiencia quando bebezinho, e se ele esta mamando e por que gostou! E outra, não vai prejudicar a ninguém, nem a ele, nem a você, e muito menos a Cass!-olhei para ele que estava super distraído com o meu seio.
-Em momento algum, eu pensei que ele poderia simplesmente querer se alimentar em meu seio.
-Acredite, isso vai estreitar ainda mais o relacionamento de vocês!
A minha pequena largou o seio completamente saciada, e a minha amiga a pegou para faze-la arrotar, e eu dei a minha total atenção ao meu menininho, que ainda estava mamando calmamente, como se quele alimento sempre fosse dele, e agora ele estava dividindo com a irma.
Os meus olhos marejaram, ao ver o seu suspiro enquanto mamava, deveria estar muito bom por ali. Eu sei que por aqui estava, eu estava radiante, estava muito feliz, e este dia não poderia estar melhor.
Eu o troquei de seio quando ele parou de mamar e encarou o meu seio confuso, falando "Mama" provavelmente o fluxo de leite naquele seio, já era pouco para ele. Alguns minutinhos depois, o Peter, retornou ao quarto, e parou na porta ao me ver amamentar o nosso filho.
-O que... Ele esta mamando?-estava com uma linda cara de espanto.
-Ele estava com fome, e decidiu que não iria esperar a mamadeira!-ele sentou na cama ao nosso lado.
-Hey carinha, este mama e da sua irma, sabia?-nos sorrimos, quando ele disse não com o dedinho sem soltar o meu seio. Cara de pau!
-Deixa ele, faz bem para todos, e a quantidade de leite que esta vaca tem, não fara falta para a Cass!
-Vaca e você!
-Vocês podem parar de se elogiar na frente dos meus filhos?-sorrimos.
Depois que o meu menininho adormeceu em meu seio, pedi que o Peter o levasse para a sua cama, enquanto a minha mãe trocaria os lençóis. E enfim, fui tomar o meu banho, estava necessitada de um tempinho apenas para mim.
Depois de trocada, enfim eu comi algo, ele jantaram na sala de jantar, e o meu amor trouxe o meu jantar no quarto já que eu ainda me sentia bastante cansada. Nada como uma comidinha preparada pela mamãe para se sentir melhor. Alias, não tem nada melhor.
Depois do jantar a Liz foi embora, e após dar banho nas crianças, os meus pais também se recolheram no quarto da Ari, que tinha uma cama dupla, e ela iria dormir no quarto do Dy, onde tinha uma cama auxiliar, mas no momento, todos estavam na cama da mamãe, e do papai.
-Mamãe.-chamou-me baixinho, quase em um sussurro, acho que para não acordar os irmãos que dormiam.
-Oi meu amor.-respondi no mesmo tom.
-Estou muito feliz pela chegada da Cass!
-Eu também estou muito feliz por ter todos vocês!
-Ela e tão linda, tão linda quanto a você!
-Minha princesa, desculpa, mas não existe meninas mais bonitas do vocês duas!
-A cada dia que passa, eu agradeço mais ao papai do céu por ter me dado uma mamãe tão "maravilinda" quanto você!-vi os seus olhinhos brilharem, e senti os meus formarem uma cachoeira.
-Você e o anjo que Deus, colocou em minha vida para me proteger, e cuidar de mim minha filha, eu não sei, não consigo imaginar a minha vida como seria, se você não tivesse comigo! Você e o amor da minha vida minha filha!-a abracei com cuidado, já que a Cassidy, e o Dylan, estava entre nos duas.
-Te amo mamãe!
-Te amo meu anjo!
Ela se deitou novamente em seu lugar, e logo em seguida o Peter, entrou no quarto, apagando a luz, e se deitando ao seu lado, onde ela o abraçou forte, dizendo que amava o pai, e que ele era o melhor pai do mundo. E depois de trocarem algumas palavras carinhosas de pai, e filha, ela acabou se rendendo ao sono em seus braços.
-Precisamos comprar uma cama nova!-sorri em uma extremidade da cama, olhando para o Peter, que ainda estava abraçado a nossa filha adormecida na outra extremidade.
-Eu discordo, gosto de ficar assim, bem proximo as pessoas que eu amo!-olhamos para as crianças, e todos dormiam calmamente.
-Assumo que também gosto muito! Vem aqui um pouquinho?
Ele se levantou, e eu me levantei em seguida com a sua ajuda, colocando alguns travesseiros para proteger os nossos filhos, e seguimos ate a janela, na qual ele abriu uma pequena fresta. Ele colocou uma cadeira que tinha no quarto em frente a mesma, se sentando, e me fazendo sentar em seu colo. Senti um beijo estalado em meu rosto, e a sua mão acariciar a minha mão, a levando ate os seus lábios onde ele a beijou.
-Obrigado! Obrigado por voltar para a minha vida, obrigado por me dar a chance de te fazer feliz, por me fazer feliz, me fazer o homem mais feliz do mundo, me dando uma linda família, uma mulher maravilhosa, e filhos lindos! Obrigado pelo seu despertar ao meu lado, adormecer ao meu lado, viver ao meu lado. Sei que não sou fácil de lidar, mas aos poucos fomos nos acostumando um ao outro, e hoje eu não me vejo longe de ti. Não me vejo longe de tudo o que você me deu!-senti as lagrimas escorrerem pelos meus olhos. Eu te amo minha doce Crystal.
-Eu te amo meu adorado Peter. Eu sou grata por tudo o que passei nesta vida, tanto as coisas boas, como as ruins, e eu passaria, e enfrentaria tudo novamente, se fosse para ficar ao seu lado, se eu soubesse que no final de tudo o que passei, você estaria la, você estaria me olhando com carinho, com amor, com os olhos curiosos que me encantaram a dezessete anos atras, no casamento dos meus pais!-ele sorriu, beijando o meu ombro. Jamais me esquecerei dos seus olhos, e do seu sorriso. Agradeço a Deus, por te-los somente para mim!
"Há males que vem para o bem!" Eu acho que nunca, um ditado se encaixou tão perfeitamente na vida de alguém, como na minha. Todos os males que passei ate hoje, me trouxeram a melhor coisa da minha vida, na realidade, as melhores coisas da minha vida, e como eu disse acima, passaria tudo de novo, se no final das contas eu estivesse exatamente aqui, com um homem maravilhoso, e com os filhos maravilhosos que Deus me deu.
Eu recebi muitas chances em minha vida. Recebi a chance de desistir de tudo, de morrer, de sorrir, de viver, de respirar no dia seguinte. Recebi a chance de ajudar a Deus, a dar a ,luz a uma vida, recebi uma segunda vida, e recebi a chance de dar uma segunda chance a outra vida. Recebi o poder de amar incondicionalmente, recebi a chance de sorrir ao lado de quem amo, recebi a chance de chorar por coisas boas e ruins. Recebi a chance de escolher entre o bem, e o mal, recebi a chance de amar novamente, o que nunca deixou de ser amado, e recebi a chance de abrir os os meus olhos todas as manhas. Mas a melhor chance que eu recebi, foi a de ser feliz novamente.
Não, você não eu errado, este e o ultimo capitulo da fic, preferi pega-las de surpresa sem dar nenhum aviso prévio, foi melhor assim, acreditem.
Ainda tem o Epilogo que eu pretendo postar em breve, e preencher algumas lacunas que eu sei que ficaram. Enfim, obrigada a todas, e ate o epilogo.